Le Corbusier, arquitectura y técnica: el Centrosoyus de Moscú, 1928-1936

Abstract

[EN] Le Corbusier’s references to the idea of the machine as the emblem of a new era and an architecture that should be modern are well known. The relationship between the car and architecture suggested the axiom of architecture as la machine à habiter.But in the 1930’s, the idea of technique became an obsession that was to be expressed in areas such as movement and circulation and new building technologies in steel and glass that allow large transparent surfaces, and finally, in innovative air conditioning systems, which should engender an international architecture. These new principles of a highly technical and objective nature were accompanied by an unmistakeable desire for aesthetic and space, an essential objective for Le Corbusier. At the Moscow Centrosoyus all these issues are raised for the first time with absolute forcefulness, even technical principles on artistic prevail, because they represent the essence of modernity as the guarantors of precision, economy, and universality. In this project, despite the failure of its full realization, after a hectic design process begun in 1928, is presented as a direct correlation of the aphorism: " Techniques are the very basis of poetry: they open a new cycle in architecture”. Indeed, thereafter, for Le Corbusier, architecture and technology are identified as the image, symbol and instrument of the new society.

[ES] Son bien conocidas las referencias de Le Corbusier a la idea de máquina como emblema de una nueva época y una arquitectura que debía ser moderna. La relación entre el automóvil y la arquitectura sugirieron el axioma de la arquitectura como la machine à habiter. Pero en el entorno de los años 1930, la idea de técnica se convierte en una obsesión que se expresa en ámbitos como el movimiento y la circulación, las nuevas tecnologías de construcción en acero y vidrio que permiten grandes planos transparentes y, finalmente, en innovadores sistemas de acondicionamiento térmico, que deberían engendrar una arquitectura internacional. Estos nuevos principios de índole eminentemente técnico y objetivo venían acompañados de una inequívoca voluntad plástica y espacial que, para el maestro franco-suizo, era un objetivo irrenunciable. Con el Centrosoyus de Moscú todas estas cuestiones surgen por primera vez con una absoluta contundencia, incluso prevaleciendo los principios técnicos sobre los plásticos, en la medida que representan la esencia de la modernidad como garantes de su precisión, economía, y universalidad. En este proyecto, a pesar del fracaso en su plena realización, tras un agitado proceso de proyecto iniciado en 1928, se presenta como un correlato directo del aforismo: “las técnicas son la base misma del lirismo arquitectónico: abren un nuevo ciclo de la arquitectura”. Efectivamente, a partir de entonces, para Le Corbusier, arquitectura y técnica se identifican como imagen, símbolo e instrumento de la nueva sociedad.

[PR] São bem conhecidas as referências de Le Corbusier à idéia de máquina como emblema duma nova época e duma arquitetura que devia ser moderna. A relação entre o automóvel e a arquitetura sugeriu o axioma da arquitetura como la machine à habiter. Mas no entorno dos anos trinta, a idéia de técnica torna-se numa obsessão que se expressa em âmbitos como o movimento e a circulação, as novas tecnologias de construção em aço e vidro que permitem grandes planos transparentes e, finalmente, em inovadores sistemas de acondicionamento térmico, que deviam gerar uma arquitetura internacional. Estes novos princípios, de caráter eminentemente técnico e objetivo eram acompanhados por uma inequívoca vontade plástica e espacial que, para o mestre franco-suíço, era um objetivo irrecusável. Com o Centrosoyus de Moscú todas estas questões surgem pela primeira vez com uma absoluta contundência, mesmo ficando os princípios técnicos por acima dos plásticos, na medida que representam a essência da modernidade como garantes da sua precisão, economia e universalidade. Neste projeto, apesar do fracasso da sua plena realização, após um agitado processo de projeto iniciado em 1928, apresenta-se como um corolario direito do aforismo: “as técnicas são a base mesma do lirismo arquitetônico: abrem um novo ciclo da arquitetura”. Efetivamente, a partir de então, para Le Corbusier, arquitetura e técnica identificam-se como imagem, símbolo e instrumento da nova sociedade.